terça-feira, 28 de agosto de 2012

Dedico, enfim a você.


Ei, você! Você mesmo! A você dedico estas linhas tortas, embargadas de melancolia, de muito eu lírico, de prosa sem rima, de uma tarde ociosa, de um vagabundo ocupado, que sonha em dominar o mundo. Mas isso não vem ao caso. O caso é o seguinte: desapareça. É você mesmo, você leu corretamente, desapareça. Tá ouvindo mentalmente minha voz ecoar? Então pronto, desapareça. Suma dos meus sonhos, suma dos meus pensamentos, estou cansado de pensar em você. Já sinto nojo de mim só de pensar que um dia eu quis o melhor pra você. Por que a revolta? Porque você é descartável. Novamente, desapareça. Suma por aquela porta, se jogue da janela, voe andorinha, voe abelhinha. Vai produzir seu néctar. Olhe os céus, veja como chove, aproveite agora, e tome um banho e sofra uma descarga elétrica, e morra, assim, enfim desaparecerás. Por que desejo isso? Porque to vomitando só de  olhar pra você, ainda não percebeu. Hoje sou Machado, e Assis vai porque teu olhar de ressaca, não é sedutor, é de ressaca mesmo, porque o porre que eu bebi não me faz esquecer você. Porque nos meus olhos tem uma lente espelhar que no começo, no meio e no fim, eu vejo apenas um reflexo no espelho. Assim, dedico, enfim a você leitor.

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