sábado, 23 de outubro de 2010

A Feiticeira Sorridente

Ao continuar sua peregrinação, agora acompanhado por Olhos Celestes, o Louco Andarilho chega a uma cidade qualquer, perdida ou não, apenas uma cidade, cheia de seus vilãos e de seus encantos. Cheia de suas peculiaridades, os dois são ambos atraídos para direções opostas.

Ele continuar no meio da multidão avistando o movimento, ou melhor vivendo o movimento, alguns bebiam, outros riam, outros conversavam, e no meio do nada, estava ela, uma garota com vestes brancas, era diferente, algo pulsava diferente nela. Ela olhou para frente e o viu, sorriu e avançou, quando ele percebeu, mau deu pra esquivar, do nada todos não estava mais lá, algo brilhante estava em suas mãos e seus pés, era aterrorizadamente forte. E se esgueirando na esquiva estava o louco, algo estava errado, não conseguia atacar, apenas esquivar, olhava em seus olhos, brilhavam intensamente e sorria. Quando percebeu fora atingido. Caído, esperava pela morte, foi quando ela se aproximou e deu mão, ele estranhou, mas mesmo assim agarrou, levantou-se ela ofereceu ajudá-lo a caminhar, sentiu seu cheiro agradável, era um feitiço estranho, era tudo diferente, era uma cidade diferente, ela era diferente. Ele apenas sorriu para ela.

Andaram mais um pouco, e tudo estava normal, pessoas, riam, bebiam e conversavam, passou a pensar que aquilo só ocorrerá em seu cérebro. Quando Olhos Celestes viu a Feiticeira Sorridente rosnou, se encararam e o sorriso voltou ao semblante da feiticeira, um sorriso quente, sem zuada, apenas um sorriso...

*

Fora um sonho:
Mas num telhado qualquer a feiticeira observava o pôr do sol, e pensava no dia, quando sentiu a presença de alguém, se virou e atacou, apenas um manto ficou. Perceberá que era forte a criatura mas hoje, estava fraca, era uma criatura mágica, mas sem magia no momento, pela forma, possivelmente uma feiticeira... Será?

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O Andarilho e Olhos Celestes

Ele vagava pela planície, cansado e fraco, o reencarnado, era um andarilho, todos os lugares já narrados ou vistos para ele não fazia mais sentido, apenas guardava consigo uma pequena arca, que possuía lembranças, possuía três totens, tinha figuras diferentes, eram três peças de xadrez, uma rainha, um bispo e um cavalo. Possuía um cajado na mão e farrapos sobre a roupa, e um grande chapéu que ocultava seu rosto e a face de sua alma.

De repente, na estrada, avistou um gato, ops!, na verdade uma gata, de olhos azuis como o do céu, era muito atraente aqueles olhos. Continuou no seu passo, mas a resposta não foi amistosa, um rosnado, acompanhado por uma investida, esse ser não era amigável. O cajado era a sua defesa, e as garras era o ataque; que se invertia: torres de água numa magia imprescindível, farpas de gelo, que em contrapartida esgueira se esquivava os olhos celestes. E quem avistasse o rosto dele, era louco e normal, chorava e ria.

No final os dois caíram com os rostos um sobre o outro, e entenderam o que sentiam ambos, eram iguais em muita coisa, mesmo sendo tão diferente em outras, caídos fazem um pacto de amizade, um laço, um selo.

*

Atrás de uma árvore qualquer um velho jovem observa, e um invisível ser se torna visível, se olham e apenas observam: Olhos Celestes anda sobre os ombros do Louco!