domingo, 24 de abril de 2011

Por que não te calas?

Vejo sombras. Ouço sussurros ao vento de coisas que simplesmente nunca deveriam ser imaginadas, pensadas, ditas, muito menos executadas. Pecado. Sujo. Me sinto sujo. São meus pensamentos que me condenaram. Não. Sou eu o culpado, que execute-os por um segundo que seja, na minha mente. Macabra. Oficina do diabo. Não por estar vazia, mas sim por estar cheia de pensamentos vazios, de realidades falsas, de verdades absolutas projetadas, ilusões. Mas o problema não é a ilusão! Seria o pensamento? Ou talvez... Desta voz, que fala surdamente nos ouvidos daquele que quer arrancar os tímpanos, mudo. Surdo talvez.


Então... Por que não te calas? Maldita sombra. Sombra maldita. Passado? Presente? Futuro? Não existe divisão temporal na mente do Louco. Apenas fatos. Risos. Seriedade... Bobice. Brincadeira de criança, idiota. Você não é mais criança. Sair? Sim. Saia da solidão dos pensamentos desta caverna.


Tudo, hoje é vazio. Mas, vazio, hoje, não é tudo. É vazio. Essas correntes, dilemas, vivem aos ouvidos, dos olhos do mudo. Enfim... Por que não te calas?